domingo, 26 de dezembro de 2010



O natal dos homens e o Natal do Menino Jesus


Carlos Alberto de Lima



Era Natal. Eu vi o brilho nos olhos de uma criança feliz e vi, na felicidade daquela criança, o sorriso da minha felicidade interiorizada. Acredito que, naquele momento, um traço de alegria pôde ser notado iluminando minha face. Era Natal.
Momentos depois, o mesmo brilho, nos olhos de uma outra criança, não era o brilho de uma criança feliz. Reluzia como o da primeira, porém, possuía uma diferente moldura. Era o brilho nos olhos de uma criança que observava. Observava a felicidade da outra enquanto, em seu interior, calava um perceptível desejo de participar da mesma alegria. Acredito também que, naquele momento, pôde ser notado, rasgando a minha face, um traço de tristeza. De tristeza pela existência de duas crianças que traziam nos olhos o mesmo brilho e diferentes emoções. Era Natal.
Após a refeição vespertina, eu e Helena conversamos muito. Conversamos sobre essas coisas que por serem tão corriqueiras em nossas vidas, apresentam-se, a nós, como simples e amenas, embora, tão vivas e tão reais nos olhos das crianças. Crianças, umas, que, saltitantes, desfrutam de um mundo teoricamente perfeito e crianças, outras, que nutrem o desejo dessa perfeição. Crianças, essas, que, por isso, carregam nos olhos o brilho da indagação. Era Natal.
A semana havia sido de intensa correria. Visita às lojas do calçadão e aos shoppings para aquisição de arranjos natalinos, produtos para a ceia, compras de presentes para o amigo oculto ou simplesmente para a satisfação do ego de cada um que não eram poucos e a cada ano se multiplicava assustadoramente, por isso, para manutenção do hábito, os presentes eram reduzidos em valores e qualidades. Era Natal.
Era Natal e nós estávamos ali na cozinha conferindo o ordenamento das coisas para a hora da ceia que não deveria tardar o adentrar dos primeiros que ceariam conosco. Era Natal.
Na sala, a TV iniciava o ritmo de boas vindas ao Deus que em instantes nasceria menino e isso reativou em mim, mais uma vez, a lembrança daquelas duas crianças. Menino ou menina, não importa. As duas – representantes de milhões de outras – faziam parada no meu cérebro que passou a viajar em pensamentos que buscavam uma outra ordem para as coisas. Olhei para Helena e ela tentou disfarçar num sorriso, como se engraçasse do meu jeito inquieto de colocar e recolocar os pratos, misturados aos talheres, nozes e doces. Era Natal.
– Eu sei Cal – era assim que Helena e os amigos mais íntimos me chamavam – eu também estou confusa, revelou num sussurro como quem de repente se desprende de um segredo.
Era Natal. Os parentes e alguns amigos começaram a chegar. Haveria outros natais, certamente. Mas aquele – eu e Helena combinamos, no silêncio, seria o último que viveríamos naquele esplendor puramente material. Os outros – pactuamos – seriam vividos com intensidade. Intensidade única. Seriam dedicados às crianças. A todas as crianças, mas, preferencialmente àquelas que, embora com o mesmo reluzente brilho nos olhos, apenas observam como o menino Jesus que em todo Natal, deve observar as festas que nós, os homens, fazemos para homenagear a data do seu nascimento: o Natal.
Carlos Alberto de Lima é jornalista em Alta Florestacarlosalbertodelima@hotmail.com

terça-feira, 6 de julho de 2010

Gran Circo apresenta: nobres vereadores

Carlos Alberto de Lima


Abrem-se as cortinas. Respeitável público, o gran circo tem o prazer de apresentar os excelentíssimos, os digníssimos e espertíssimos, ou seja, os vereadores.
Não que eles sejam doppelgangers uns dos outros. Não. Isso não. Mas são bem parecidos. Talvez não fisicamente, mas, mentalmente, bem parecidos.
Certa vez escrevi sobre mimetismo. Não aquele mimetismo caracterizado pela capacidade de alguns animais em tomarem cor e formato de plantas e de outros animais, enfim, de se modificar, se transformar, para confundir os seus predadores ou para neutralizar e agarrarem suas presas. Falei, naquele meu texto, do mimetismo mental, onde mentes humanas se confundem. Meu texto estava mais próximo da área da medicina que define o mimetismo como o repetir maquinalmente de gestos e atitudes.
E cá estou eu mais uma vez desenvolvendo minhas teorias em cima da edilidade, o que se tornou meu vício. Sou o doppelganger de mim mesmo e o calo no pé dos vereadores. Quando a situação me exige critico um e defendo outro. Mas quando a situação também me exige defendo todos (o que é mais difícil) ou critico todos (o que é bem mais fácil). Sou o doppelganger dos meus princípios.
Em Alta Floresta, Mato Grosso, a 800 quilômetros da capital Cuiabá, os dez vereadores, mais uma vez, deram exemplo de união quando o que se quer é o bem comum. Situação e oposição em guerra, publicamente declarada, resolveram, por um momento, esquecer as arestas. Deram-se as mãos, deram-se os braços e se deram em abraços (tem um quê parecido com poesia de Chico Buarque nessa frase – mas é minha, só minha, acreditem!) e assinaram o documento para o bem de todos e felicidade geral dos dez.
Assinaram o quê? Assinaram um acréscimo de setecentos reais para a verba indenizatória de cada um. Verba indenizatória é aquela verba para suprir gastos extras, ou seja... Deixa pra lá.
Dia desses escrevi em “Alta Floresta e o dia em que cinco vereadores entraram para a história” (clique aqui), sobre o absurdo de cinco vereadores contra a sociedade. Hoje escrevo sobre o absurdo de dez vereadores em benefício deles próprios.
Ué, Carlos Alberto, você nunca fez isso antes! Dirão os ignotos. Já fiz sim. Leiam “Erradas Coisas”, artigo escrito em 2007 (clique aqui) sobre os mesmos edis alta florestenses que se uniram para proclamar o absurdo, onde registrei a minha revolta quando vereadores reduziram o salário de funcionários para acrescerem aos seus, para aumentar os seus próprios salários, uma decisão estilo Robin Hood ao contrário.
Lembro que “Erradas coisas” me rendeu dividendos. Fui criticado pela edilidade e elogiado por muitos funcionários e pela comunidade como um todo. Elogios ao telefone, em encontros na rua e através de e-mails e manifestações de ódio e ou desprezo levaram-me a escrever uma de minhas mais belas crônicas: “Clarice e Cecília: gestos de indiferença” (clique aqui). Afinal ninguém que tenha um mínimo de bom senso concorda com esse tipo de barbárie cometida por políticos. Ninguém concorda. Ontem, hoje e sempre. Ontem (2007) repudiaram. Hoje estão comentando indignados, enojados, nos quatro cantos de Alta Floresta. Amanhã, certamente, coisas desse quilate continuarão sendo repudiadas. Ao menos por aqueles que, ao contrário de alguns, têm princípios.


Carlos Alberto de Lima é jornalista em Alta Floresta
e-mail: carlosalbertodelima@hotmail.com

sábado, 26 de junho de 2010

Vejam como é fácil obter todos os resultados dos jogos da copa.
A melhor tabela já bolada

http://www.marca.com/deporte/futbol/mundial/sudafrica-2010/calendario.html

Grande abraço a todos

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gente maneira! Em nome de nossa amizade (RSRSRS), dê uma conferida no link abaixo.
É o site de notícias do meu amigo CLAY JUNIOR, o melhor site de Alta Floresta. Neste link está o meu último artigo sobre a grande manifestação do setor produtivo contra vereadores. Obrigado
http://www.noticiaexata.com.br/?pg=mostra_artigos&id=30
Veja também no Só Notícias de Sinop, o Site de notícia mais lido no nortão e o segundo mais lido em Mato Grosso
http://www.sonoticias.com.br/opiniao/10/107969/alta-floresta-e-o-dia-em-que-5-vereadores-entraram-para-a-historia
E tem também o http://www.circuitomt.com.br/home/especial/499 que é o jornal Circuito Mato Grosso

segunda-feira, 21 de junho de 2010


pulmão aceso
queimando o cigarro
vou caminhando
tragando a vida
e acumulando sarro!


Carlos Alberto de Lima

Inicialmente, quero que fique claro uma coisa: O poema acima não é uma apologia ao fumo. É apenas um jogo de palavras. O cigarro já não faz parte da minha vida desde o dia 8 de junho de 2002, Copa do Mundo. Naquele dia o Brasil venceu a China pelo placar de 4 a 0. O jogo foi no Estádio Jeju, Seogwipo, Coréia do Sul. Árbitro: Anders Frisk (Suécia).Gols: Roberto Carlos 15', Rivaldo 32', Ronaldinho Gaúcho 45', Ronaldo 55'. BRASIL: Marcos, Lúcio, Roque Junior, Anderson Polga; Cafu, Gilberto Silva, Juninho (Ricardinho 71'), Rivaldo, Roberto Carlos; Ronaldinho Gaúcho (Denílson 46'), Ronaldo (Edílson 72'). Técnico: Luiz Felipe Scolari.CHINA: Jiang Jin, Wu Chenying, Li Tie, Ma Mingyu (Pu Yang 62'), Hao Haidong (Qu Bo 75'), Li Weifeng, Zhao Junze, Du Wei, Li Xiaopeng, Qi Hong (Zhao Junzhe 67'), Xu Yunlong. Técnico: Bora Milutinovic.Advertências: Ronaldinho Gaúcho 25', Roque Junior 69'. Relembre a Copa 2002 http://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_do_Mundo_de_2002 com todos os jogos e resultados que levaram o Brasil ao Penta

segunda-feira, 14 de junho de 2010



olhares
abraços
beijos
e sexo

tudo rápido
na sequência
dos desejos
anexos

Carlos Alberto de Lima

quinta-feira, 10 de junho de 2010

OS DIAS QUE CONTAM O TEMPO




Dia desses estive com uma amiga de infância da qual eu bem lembrava. Dela e dos chicletes que mascávamos juntos em coloridas aventuras mato a dentro.
Agora de seios muito mais crescidos e dedos mais alongados, pôs-se a dizer-me dos achocolatados temperos que eventualmente aromatizam suas aventuras.
Enquanto emudecia-me com suas histórias, ia rodeando os já ditos alongados dedos pelos sedosos e lisos cabelos que um dia foram crespos mas que um revolucionário método japonês os modificaram.
Teresa Raquel, a princesinha de outrora e do meigo olhar, envelhecera os dias e roubara da nossa rua o brilho das pedrinhas que fazíamos correr, com as enxurradas, sobre barquinhos de folhas de caderno.
Ingratidão para com a vida que descalça caminhava aqueles delicados pés, hoje em apertadas sandálias e embebidos em cremes que tentam, em vão, disfarçar o tempo.
Às margens do rio da onça eu sentei e não chorei porque não sou Paulo Coelho e não quero parafraseá-lo, mas, nas águas do rio da onça eu mergulhei e nadei. Mergulhei como quem mergulha na beleza de um sorriso. Nadei como quem nada sobre o nada que é infinito.
E Teresa Raquel não se deu conta da conta que contam os dias e que nos desnuda quando conta e relembra o nosso passado, no remake de uma história hoje vivida por dois adultos e atores medíocres que não dominam a cena por não saberem incorporar o mundo menino, não interpretado, mas, vivido por mim e por você Teresa, para quem eu gostaria de eternizar um discreto beijo.


Carlos Alberto de Lima

segunda-feira, 7 de junho de 2010



Do doutor Valfrido para cá os tempos são outros

“Democracia sem oposição é ditadura”. Ponto. Ponto e fim de parágrafo.
Amigo meu, da minha infância, inspirou-me o título desse artigo, ou dessa crônica, já que escrever em cima da observação tornou-se meu vício quase que diário.
Doutor Valfrido, já falecido, foi um ilustre advogado da cidade dos meus primeiros dezesseis anos. Detalhe: ele era homossexual. Coisa horrível para a sociedade daquela época e daquela cidadezinha pacata do norte paranaense e que assim deve permanecer até os dias de hoje, uma cidadezinha com pensamentos totalmente conservadores e que por isso nunca cresceu, mesmo porque, como dizem por lá, toda vez que nasce uma criança, foge um adulto.
Mas, por outro lado, coisa também comum nos dias de hoje, o doutor Valfrido era o líder, o astro, o maioral, para toda a pacata cidadezinha quando, na qualidade de zagueiro do São José Esporte Clube, brilhava no campo, em fenomenais defesas e, desse-lhe oportunidades, até fazia gols. Golaços.
O doutor Valfrido, para o qual pagamos aluguel por um bom tempo, chegava em nossa casa (propriedade sua) e nos comprava alface, almeirão, cebolinha e outras hortaliças. Sua opção sexual não me impede de dizer que foi uma das pessoas mais íntegras que conheci.
Doutor Valfrido não era político. Se fosse, teria sido um político meritocrático. Beto Richa, em Curitiba, e Aécio Neves, em Minas Gerais, ambos do PSDB, se reelegeram, prefeito e governador, pelas suas administrações meritocráticas.
Oposição ao presidente Lula, Aécio Neves costuma chamar o governo do PT de messiânico. Discordo. Também Lula se reelegeu e possivelmente eleja Dilma Rousseff pela prática da meritocracia.
Mas, deixarei esse tema de lado, mesmo porque meritocracia e messianismo deverão me render um outro artigo e, também porque, estou certo que, a maioria dos políticos, desse nosso nortão mato-grossense, desconhece essas palavras.
Quanto à hipotética eleição de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto (como presidente, porque como ministra da Casa Civil, ela já despacha daquele edifício há algum tempo); se isso acontecer (parafraseando o próprio presidente), vai ser um fato inédito na história desse País: uma mesma agremiação partidária elegendo o seu presidente por três vezes.
A alegação (hoje) de tucanos, e outros, é que um partido não pode ficar por mais de dois mandatos no governo. “O correto seria a troca”, alegou-me, dia desses, um amigo de imprensa. “Como nos Estados Unidos, onde democratas e republicanos alternam o poder”, acrescentou. Esse meu amigo é flamenguista. Tenho certeza que ele, assim como nós corinthianos, não pensa assim quando se trata de campeonatos, campeonatos e campeonatos.
E tem mais, cidade aqui do nortão, vereador usou a tribuna para esbaldar o seu “conhecimento” político. Stop para a frase: “Democracia sem oposição é ditadura!”. Aterrorizei-me. Bertolt Brecht, o autor de “Terror e Miséria no Terceiro Reich”, e do tão conhecido texto sobre o analfabeto político, foi também o autor da frase “Quem não conhece a verdade não passa de um tolo; mas quem a conhece e a chama de mentira é um criminoso!”. Aí sim, eu concordo. Mas dizer que democracia sem oposição é ditadura é o mesmo que dizer que ditadura com oposição é democracia (tive que rir). Essa tem que ir para o Guinness World Records 2010.
E enquanto tem gente empurrando ladeira acima eu volto em breve e com um artigo porreta: vou falar de um cidadão, empreiteiro, que pega obras do Estado e costuma empurrar com a barriga.
...
Carlos Alberto de Lima

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Um poema de Domingos Pellegrini


Não se engane, filho, com
tantos ladrões e prisões
são apenas exceções
do povo ordeiro e bom

Se a maldade é tão vista
nos jornais, não desista
da bondade jamais:
o mal é só minoria

Somos maioria quieta
confiante a trabalhar
nos prêmios do dia a dia

e eles não fosse a gente
a viver honestamente
nem tinham de quem roubar

quinta-feira, 27 de maio de 2010

HELP AOS MEUS OUVIDOS

É Madrugada e a chuva cai lá fora.

Enquanto isso:

“No toca fita do meu carro,

uma canção me faz lembrar você...”

- Isso é deprimente!

Ouço os pingos da chuva

e desligo Bartô Galeno.



Carlos Alberto de Lima

sexta-feira, 14 de maio de 2010








Hoje é sexta-feira

E eu vou beber cachaça

amanhã repenso a vida

- de ressaca
Carlos Alberto de lima

Vereador Raimundo




Porreta esse vereador Raimundo Rodrigues. Enquanto alguns só falam ele faz. Faz e acontece. Nesta sexta-feira ele esteve em praticamente todos os meios de comunicação. Emissoras de rádio, de TV e na imprensa escrita. Deixou a liderança (a contra gosto) e foi pra mídia. Parabéns!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

EU, O ZECA, UM CAFEZINHO E BOAS RISADAS


Hoje eu vou falar sobre o Zeca e ele, se quiser, pode até me processar por isso. Por eu falar sobre ele sem lhe pedir permissão, sem que ele me tivesse autorizado a falar sobre ele.
Mas eu estou certo de que o Zeca, o meu amigo Zeca, jamais faria algo contra mim, aliás, jamais faria algo contra alguém. O Zeca é boa praça, ou como dizem esses internautas, ele é D+. Amigo de todos aqueles que não dispensarem a sua amizade e àqueles que dispensarem o Zeca nem liga. Que não lhe façam mal já está de bom tamanho. E olha que o Zeca, melhor que ninguém, sabe reconhecer uma amizade, apesar de não saber identificar ódio ou indiferença, sentimentos que fazem sofrer a todos nós, os aparentemente tidos como normais.
Todos os dias o Zeca passa em frente a minha casa e me dá um bom dia de uma forma que só nós dois entendemos. Ele grita: “Zeca!”, como se fosse eu ou outra pessoa anunciando a sua presença. Que nada! É ele anunciando a sua própria, a presença do Zeca.
Então, como já é de rotina, eu apareço: – oi Zeca! Chamo-o de verdade e ofereço-lhe um cafezinho. Ele aceita e começa a rir. E vai rindo gole a gole. Ri, ri e ri. Ri muito. Não se sabe lá do que é que ele ri. E eu o acompanho naquela sinfonia de risadas que me faz um bem danado ao meu espírito e ao meu dia que está começando. Não o convido para entrar porque não há nenhum motivo para que ele aceite o meu convite, uma vez que para ele, naquele momento, basta uma dose de café e muitas doses de risadas.
O Zeca é assim como se fosse algo a mim enviado, logo pela manhã, por Deus, o patrono da sabedoria, para que o meu dia seja inteiro de paz. É por isso que, às vezes, quando algo, alguma turbulência me ocorre e me desassossega, o que é normal a qualquer um de nós, humanos, me vem logo à lembrança a imagem do Zeca. A imagem do Zeca tomando café e dando risada a cada gole.
Outras vezes encontro o Zeca atravessando a rua ou caminhando na calçada, sempre preso aos seus pertences, aos seus valores, que carrega dentro de um saco torcido, boca amarrada e levado ao ombro. Tento fazê-lo perceber a minha presença, mas o Zeca não percebe. Para ele aquele que, pela manhã, toma com ele um cafezinho e dá boas risadas e a pessoa dentro do carro, no trânsito, são pessoas diferentes. Não que ele pense isso, não que ele pense assim. O seu mundo é isso, o seu mundo é assim. E o Zeca segue o seu caminho, o caminho que lhe fora traçado para o seu dia.
Numa outra situação, quando estou a pé, ele me reconhece. Seus olhos brilham, ele se aproxima e, sem nenhuma cisma, num sorriso de cumplicidade, me pede: “tem vinte centavos aí?”. Para minha felicidade, e para a felicidade do Zeca, eu sempre tenho vinte centavos.
O que ele faz com vinte centavos? Guarda para quando passar em frente a um bar e lhe der vontade tomar outro tipo de cafezinho, daquele que faz mal ao seu debilitado organismo e ao seu cérebro praticamente desconectado com o mundo dos princípios morais, ele entrar, pedir, tomar e prosseguir. Para o Zeca que quando toma o seu cafezinho, tanto o preto quanto o branco, e dá boas risadas, o seu mundo é real, muito mais real que o mundo de muitos daqueles que o condenam.
Ontem foi um dos dias em que estive com o Zeca por duas vezes. Pela manhã tomamos cafezinho, mas não demos boas risadas. Notei algo diferente no Zeca. Ele estava sério. Sabia o que se passava, o que sentia, mas não revelou e também não deu nenhuma risada. Solidário à minha pressa, que não esperava, apressou-se também em engolir o cafezinho. A tarde, por volta das 15 horas, ele me reapareceu: “tem vinte centavos aí?”. Novamente a pressa não me deixou esperar para conferir. Não Zeca, não tenho!
Algumas horas depois, já no cair da noite, passo apressado em frente a um desses locais que compram latinhas de cervejas e refrigerantes para reciclagem e vejo o Zeca esperando, silenciosamente, ao portão com o que me pareceu duas ou três latinhas dentro de uma sacola de supermercado. Olhei-o e, novamente, a pressa me impediu que parasse para cumprimentá-lo, para dizer oi Zeca.
Hoje não o vi. Ele não apareceu para tomarmos o cafezinho e darmos boas risadas. A última imagem que tenho do Zeca, gravada e cravada em minha mente, e que está me deixando desassossegado no trabalho, não é a imagem de um Zeca com o seu saco de pertences levados ao ombro, mas a imagem de um Zeca com uma sacola de supermercado com duas ou três latinhas, silenciosamente esperando para, quem sabe, trocar por 20 centavos.
Estou com maus pressentimentos. O Zeca deve estar bem. Mas... E os outros Zecas? Todos os outros Zecas? “Eles querem tão pouco e nós lhes negamos” disse certa vez Samuel Warner, lembrado por Paulo Francis.
Eu não tinha vinte centavos. Talvez até tivesse. O Zeca não vai me condenar por isso, mas ele poderia, pode e deve me processar por isso, se ele quiser.

Carlos Alberto de Lima

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Hoje, quarta-feira, 12 de maio, as 19 horas, tem "MOSTRA DE ARTES PLÁSTICAS" em Alta Floresta. O evento, que mostrará as belas obras de nossos artistas, acontece no Centro Cultural e de Eventos, localizado na Praça da Cultura. Compareçam.
Passem essa para os amigos

O artigo "O burro, o analfabeto e a língua portuguesa" (que está causando polêmica) também está no link "Opinião" do site http://www.jornalmtnorte.com.br/ e no www.luizcezar.com.br. Abraços a todos.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Gente curiosa procurando pelo artigo "O burro, o analfabeto e a lingua portuguesa". Muito extenso para ser disponibilizado neste espaço, ele pode ser visto no site www.sonoticias.com.br, edição de hoje e também no Jornal da Cidade e site www.jcidade.com.br, edição de amanhã, terça-feira, e jornal Mato Grosso do Norte de quarta-feira. Grande abraço a todos. Carlos Alberto
Daqui a pouco, 19 horas, tem lançamento do caderno poético lá no Centro Cultural e de Eventos, naquele predião bonito perto do avião, na Praça da Cultura. Evento imperdível.
LIVROS


Livros
E mais livros

Quantos
Já lidos

Quantos ainda
Não lidos

Tão próximos
Tão distantes

Na estante
Eles olham

Para os meus olhos
Que são olhos de TV

Carlos Alberto de Lima

quarta-feira, 5 de maio de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010




PEITOS

Falar sobre peitos
Assim como estes
Perfeitos
Doce deleite
Mesmo poeta sendo
Insisto e
Não consigo

Queria ao menos
Nesta sexta
Após a cerveja
Indispensável!
Beijar tuas tetas
E profanar teus
Sagrados lábios

Carlos Alberto de Lima

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Minha postagem de hoje é uma homenagen ao grande guru curitibano, poeta (saudoso) Paulo Leminski





tudo dito,
nada feito,
fito e deito





Paulo Leminski

sexta-feira, 16 de abril de 2010


PATRONO DOS ANARFAS

Desculpem-me amantes de Sidney Sheldon e Harold Hobbis. Pra tudo há limites e pra tudo tem leitores. Debrucei minha adolescência em Dostoiévski (Fiódor Mikhailovich Dostoiévski) e Máximo Gorki, pseudônimo do russo Aleksei Maksímovich Peshcov, mas tem nada não. Autores populares também devem ser lidos. Mas Paulo Coelho? Aí já é demais! Se auto-ajuda já é um saco, imaginem auto-ajuda para analfabetos!

Membro da Academia Brasileira de Letras, nosso bestseler é o patrono dos iletrados. Falo e provo. Tentei lê-lo e desisti em respeito a mim mesmo. Com certeza o Pasquale Cipro Neto concorda comigo. Creio que até o lingüista, que defende os menos privilegiados culturalmente, Marcos Bagno, também concorda.

Não é por menos! O pobre Raul Seixas partiu cedo e se foi não por ter nascido “há dez mil anos atrás...”, uma das pérolas escritas por Paulo Coelho. Cruzes! Se o “há”, por si só, já significa “faz”, o mesmo só se emprega em relação ao passado, e, se é passado só pode ser atrás, ora bola!

E o nosso imortal, que vive matando a nossa língua portuguesa, escreve uma coluna diária, de reflexão, no Portal de Notícias da Globo. Outro dia ele escreveu “Mensagem sobre Jô”. Não ia ler. A curiosidade me dominou. Paulo Coelho escrevendo uma mensagem sobre Jô Soares? Qual nada. Ele falava (tentava falar) sobre Jó, sobre o livro de Jó, da Bíblia. Pois é: nem sobre o livro santo o “ome” consegue escrever. Fico com Sidney Sheldon e Harold Hobbis. Grande abraço.


Carlos Alberto de Lima
A Secretaria de Cultura e Juventude dará início na próxima segunda-feira, 19 de abril, às oficinas de TEATRO E VIOLÃO.
Para a oficina de teatro ainda existem vagas. Interessados precisam apenas se dirigir à Secretaria localizada alí no Centro Cultural e de Eventos, na Praça da Cultura, das 7 às 11h e das 13 às 17h.
Menores de idade só poderão ser inscritos pelos pais ou responsáveis.
As oficinas são gratuitas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010


APOLOGIA DA BUNDA


A bunda da mulher amada
Enquanto bunda nada representa
É bunda quando a amada anda
É bunda quando a amada senta

Mas ao olhar alheio
Céus que palpite infeliz
Mesmo sendo a amada muda
A bunda tudo diz

Carlos Alberto de Lima

FALTA DE MÉDICOS NAS CIDADES DO INTERIOR

No último dia 12, segunda-feira, quando da formalização do seu pedido de exoneração do comando da Secretaria de Saúde, foi dito pelo próprio Valdemir Dobri, que deixou a Secretaria por motivos pessoais, sobre a dificuldade para a contratação de médicos para o Hospital Municipal, devido a uma série de fatores, como a própria distância dos grandes centros. As palavras de Valdemir Dobri foram reforçadas pela prefeita Maria Izaura.
Em relação a Saúde no município, Dobri mandou um recado àqueles que criticam, que observasse a realidade de outros municípios e chegariam à conclusão de que Alta Floresta chega a ser referência em Saúde na região.
Ontem, no jornal MT Mato Grosso (primeira edição), uma reportagem confirmou as palavras do ex-secretário e da Prefeita mostrando a dificuldade dos municípios do interior em relação à contratação de médicos. A reportagem cita municípios como Sinop e Rondonópolis, entre outros...

terça-feira, 13 de abril de 2010

SIM SIM! NÃO NÃO!

SIM SIM! NÃO NÃO!
Nunca se deram
Nunca se darão
De um lado
Caminha o Sim
Do outro
Segue o Não
Alma gêmea
Cada um
Do outro
É o oposto
Em perfeição
Carlos Alberto de Lima/09.2007

Valdemir Dobri deixa Secretaria de Saúde





Deixando claro que o motivo de sua saída é de cunho particular, pessoal e familiar, não envolvendo qualquer situação frente ao trabalho desenvolvido na Secretaria, Valdemir Dobri entregou na tarde de ontem o seu cargo de Secretário de Saúde à prefeita Maria Izaura. “Fizemos um trabalho dentro daquilo que nós havíamos sido convidados a fazer, mas motivos particulares estão me impedindo de continuar à frente da Secretaria”, disse Dobri, esperando que o novo secretário seja apontado em curto espaço de tempo para que ele possa passar ao mesmo, todas as informações inerentes à pasta.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DEDOS


Dedos



Dedos que somam/Dedos que diminuem
Dedos que contam/Dedos que apontam
Dedos que se sobressaem/Dedos que se contraem
Dedos que se abrem/Dedos que se fecham

Dedos que seguram/Dedos que soltam
Dedos que escrevem/Dedos que apagam
Dedos que acenam/Dedos que protestam
Dedos que indicam/Dedos que entregam

Dedos que cumprimentam/Dedos que negam
Dedos que se unem/Dedos que rezam
Dedos que chamam/Dedos que buscam
Dedos que empurram/Dedos que puxam

Dedos que conduzem/Dedos que separam
Dedos que absolvem/Dedos que condenam
Dedos que teclam/Dedos que fotografam
Dedos que se cruzam/Dedos que matam



Carlos Alberto de Lima

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Morro do Bumba

Foto: Hélio Motta
Este é o morro do Bumba, em Niterói, onde por volta das 20h50 de ontem (quarta-feira) registrou-se deslizamento que atingiu em torno de 50 casas. Até as 13 horas de hoje (quinta-feira) 10 corpos tinham sido encontrados e 21 sobreviventes haviam sido resgatados. Informações dão conta de que entre 200 e 300 pessoas estão soterradas.
Com isso, sobe para 85 o número de mortes confirmadas no município por causa das chuvas que atingem a região desde o início da semana. Niterói é a cidade mais afetada pelos temporais que castigam o Rio de Janeiro há dois dias. No Estado, já são mais de 160 mortos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dom Quixote

Foto: Fabio Bonadeu

Parabéns ao Teatro Experimental de Alta Floresta que abriu o Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense na noite de ontem com o espetáculo “Dom Quixote”, baseado na obra literária homônima do escritor espanhol Miguel de Cervantes. Na foto os atores alta florestenses Angélica Müller (Sancho Pança) e Ronaldo Adriano (Dom Quixote)

Pavimentação entre Alta Floresta e Paranaíta tem contrato assinado


Depois de anos de espera a pavimentação da rodovia MT 206 entre Alta Floresta e Paranaíta poderá se tornar realidade. O convênio com o Governo do estado teve a obra licitada e o contrato assinado com a empreiteira vencedora, na última terça-feira, 06.
A obra terá um custo de R$ 18.489.312,31 (dezoito milhões, quatrocentos e oitenta e nove mil, trezentos e doze reais e trinta e um centavos), sendo 50% desse valor arcado pelo estado, e os outros 50% partilhado entre beneficiários da rodovia MT 206.
Segundo previsões da Associação dos Beneficiários o objetivo é arrecadar nos próximos quinze dias um milhão de reais. Esse número será possível porque está havendo uma adesão em massa dos produtores e beneficiários. Também nos próximos dias serão feitas frentes de trabalho onde empresários e pessoas envolvidas com a obra estarão sendo visitadas.
O Prefeito Dr. Pedro enfatizou que essa é uma obra onde cada cidadão poderá fiscalizar o andamento, o gestor ainda frisou que agora é o momento do povo aderir “eu sempre digo que a cidade que queremos morar, somos nós que definimos, com isso quero aqui sensibilizar mais pessoas a colaborarem com essa obra, tendo em vista os benefícios que a mesma trará para a região”, disse o gestor.

Fonte: Assessoria

CASA CHEIA NO PRIMEIRO DIA DO FESTIVAL DE TEATRO DA AMAZÔNIA MATO-GROSSENSE


Entusiasmo, euforia e grande público. Assim foi a primeira noite do Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense, promovido pelo Teatro Experimental de Alta Floresta. O espetáculo ‘Dom Quixote’ do grupo anfitrião (Teatro Experimental) abriu o festival. O evento acontece até sábado (10) e, além de espetáculos, estão acontecendo também duas oficinas teatrais. A primeira delas, de Dramaturgia, é orientada por Tânia Capel que além de filóloga e atriz, faz parte do Núcleo de Fazimento da Cena em São Carlos/SP. Já a oficina de Interpretação e Consciência do Ator é coordenada por Amauri Tangará que é ator e diretor de teatro e cinema residente em Chapada dos Guimarães/MT.

Hoje às 15h a Cia Teatral Atos & Cenas de Lençóis Paulista/SP apresentará o espetáculo ‘Quero a Lua’ que desde 2005 tem circulado por todo o interior paulista. O espetáculo tem linguagem de desenho animado e discute questões sérias como amor, amizade, solidão, ambição, morte, hierarquia, tolerância e impaciência tratado com bom humor. A noite as luzes de acendem para “Cafundó – onde o vento faz a curva” da Cia D'Artes do Brasil com Amauri Tangará. A peça foi dirigida pela global Regina Duarte e há 20 anos tem sido apresentado em festivais na América Latina, Europa (especialmente Portugal) e África.

Ainda se apresentarão durante o Festival de Teatro a companhia cuiabana Thereza e João, com a peça “Fião e Fiota” no dia 08/04 às 15h, “Cidade dos Outros” da Cia Pessoal de Teatro no dia 08/04 às 20h, também da capital mato-grossense.

Na sexta-feira (09/04) às 14h acontece o “Tertúlia Teatral” onde os artistas das peças encenadas e outros fazedores de teatro irão debater, a partir das provocações do ator e diretor Hélvio Tamoio do Núcleo de Fazimento da Cena de São Carlos/SP suas produções e a política teatral. A noite o teatro soteropolitano poderá ser visto pelo público de Alta Floresta. O grupo Território Sírius de Teatro apresentará “Seu Bomfim” às 20h.

No último dia do festival (10), durante todo o dia acontecerá o VII Seminário de Cultura de Alta Floresta, no Museu da História Natural de Alta Floresta. A temática deste ano é ‘Cultura e Sociedade: Revelações’. E encerrando o grupo Troupp Pas D'Argent, do Rio de Janeiro apresentará o espetáculo “A Cidade das Donzelas”.

O Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense conta com o patrocínio do Governo do Estado de Mato Grosso através do Fundo de Fomento à Cultura da Secretaria de Estado de Cultura, da Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Cultura e Juventude, comércio local e imprensa em geral.



Fonte: Assessoria Teatro Experimental de Alta Floresta

terça-feira, 6 de abril de 2010

“Dom Quixote” abrirá festival de teatro em Alta Floresta

Fabio Bonadeu
Assessoria/Prefeitura de Alta Floresta

No próximo dia 6, terá início o Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense que, em 2010, entra na sua terceira edição. Serão apresentadas sete peças teatrais, já selecionadas por uma curadoria. As exibições vão de 6 a 10 de abril, sendo que a abertura ficará por conta do espetáculo altaflorestense Dom Quixote, na terça, às 20h30, no Centro Cultural e de Eventos.
O Coordenador do festival, Ronaldo Adriano Freitas Lima acredita que será mais um importante evento realizado em Alta Floresta. “Tenho convicção que será um momento impar para nossa cidade. Esta é uma grande oportunidade para que nossa população possa vivenciar um pouco deste universo mágico”.
Ronaldo lembra que os espetáculos selecionados já foram reconhecidos pela sua qualidade. Ele cita a peça Cidade das Donzelas, do Rio de Janeiro, que já foi exibida em vários países da Europa, sendo, inclusive, indicada ao 21º Prêmio Shell de Teatro, na categoria especial, ano passado.
Cafundó é outra atração do festival que promete deixar sua marca. “Esta peça é de grande qualidade, ela já foi exibida em alguns países do continente africano”, argumenta Ronaldo. Além da qualidade cênica, os participantes optaram por cobrar preços populares, assim, toda população poderá vivenciar este momento. “Será cobrado apenas R$ 4,00 assim, todos terão a oportunidade de acompanhar”.
Além das exibições teatrais, serão oferecidas oficinas teatrais de dramaturgia e interpretação na quarta, quinta e sexta. Mais informações (66) 3903-1027 ou contato@teatroexperimental.com.br.
Programação:

06/04 (Terça-feira)
Espetáculo: DOM QUIXOTE
Grupo: Teatro Experimental de Alta Floresta
Cidade: Alta Floresta/MT
Horário: 20h30min
Local: Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta
07/04 (Quarta-feira)
Oficina de Interpretação Teatral
Horário: 8 às 12h
Oficina de Dramaturgia
Horário: 8 às 12h
Espetáculo: QUERO A LUA
Grupo: Cia Teatral Atos & Cena
Cidade: Lençóis Paulista/SP
Horário: 15 h
Local: Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta
Espetáculo: CAFUNDÓ
Grupo: Cia D'Artes do Brasil
Cidade: Chapada dos Guimarães/MT
Horário: 20 h
Local: Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta
08/04 (Quinta-feira)
Oficina de Interpretação Teatral
Horário: 8 às 12h
Oficina de Dramaturgia
Horário: 8 às 12h
Espetáculo: FIÃO E FIOTA
Grupo: Grupo Tereza e João
Cidade: Cuiabá/MT
Horário: 15 h
Local: Escola Estadual Ludovico da Riva (Bairro Vila Nova – projeto Ponto de Cultura Teatro Experimental)
Espetáculo: CIDADE DOS OUTROS
Grupo: Cia Pessoal de Teatro
Cidade: Cuiabá/MT
Horário: 20 h
Local: Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta
09/04 (Sexta-feira)
Oficina de Interpretação Teatral
Horário: 8 às 12h
Oficina de Dramaturgia
Horário: 8 às 12h
Tertúlia Teatral
Horário: 14 às 17h03min
Espetáculo: SEU BONFIM
Grupo: Território Sírius de Teatro
Cidade: Salvador/BA
Horário: 20 h
Local: Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta
10/04 (Sábado)
Espetáculo: CIDADE DAS DONZELAS
Grupo: Troupp Pas D'Argent
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Horário: 20 h
Local: Teatro do Centro Cultural de Alta Floresta